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Caça de Baleias

A atividade de Caça às Baleias que já foi tema de um dos grandes clássicos da literatura universal e é hoje condenada por ambientalistas do mundo todo, teve seu início por volta do século XII, na região da costa espanhola e francesa, próximo ao Golfo de Biscaia. Naquela época eram ainda usados botes e arpões manuais lançados pelos corajosos que se aventuravam na perigosa caçada ao grande monstro dos oceanos.

Se alimentar de carne de baleia fazia parte da cultura de muitos povos desde a antiguidade e constituíam uma importante fonte de alimento, uma vez que um único animal continha uma grande quantidade de carne, porém, a maioria desses povos se alimentava apenas de baleias que ficassem encalhadas na praia não sendo considerado, portanto, como caça.

Nos séculos XVIII e XIV a caça às baleias cresce rapidamente impulsionada pela comercialização do óleo que era usado em lamparinas no mundo todo. Com a invenção do arpão a explosão em 1868 (aquele que é lançado de canhões) e a utilização de navios fábrica, movidos a vapor, a partir de 1905, a caça as baleias tomou proporções alarmantes. Agora qualquer tipo de baleia podia ser caçada para suprir o consumo cada vez maior de produtos feitos com óleo de baleia (até mesmo cosméticos). Espartilhos, guarda-chuvas e peças de montaria feitas com a queratina (tiras flexíveis na boca dos cetáceos que serve como aparelho filtrante), conhecida como “barba de baleia”, e até peças decorativas feitas de dentes de baleia eram só alguns dos produtos dessa indústria.

Em 1930 as maiores espécies de baleia (azul, fin, sei, jubarte e franca) já tinham praticamente desaparecido do Atlântico Norte. Na década de 40 ficou claro que a caça desenfreada estava colocando em risco todas as espécies de baleias e, claro, o mercado que dependia dela. Por isso, em 1946 foi reunida em Washington (EUA) uma comissão com representantes dos principais países envolvidos na caça às baleias (incluído o Brasil que só baniu a caça às baleias em 1987) durante a “International Whaling Convention” (Convenção Internacional Baleeira) e formada a “International Whaling Comission” (Comissão Internacional Baleeira – CIB) com o intuito de realizar pesquisas sobre as baleias e regulamentar a prática de caça.

Como a população de baleias continuava a diminuir (8 em cada 10 espécies estão em perigo de extinção), em 1966 a CIB proibiu a caça às baleias azuis, porém sem muito sucesso. Mas agora o problema era outro. Com a proibição da caça ao maior mamífero do planeta, os caçadores voltaram seus arpões na direção das baleias-fin, a segunda maior espécie de baleias depois das azuis, que teve de ser protegida a partir de 1976, quando sua população chegou a apenas 5% do que era antes. Em mais uma tentativa fracassada de manejar a caça às baleias, a CIB proíbe a caça as baleias-sei na Antártica em 1978.

Por fim, a CIB reconhece a impossibilidade de manejar a caça aos cetáceos e decreta moratória mundial de caça à baleia em 1986, com exceção apenas para grupos aborígenes que praticam a caça para subsistência e a caça com fins de pesquisa científica. Entretanto, países como o Japão e a Noruega continuam caçando baleias afirmando que estão apenas controlando a população regional de cetáceos. Claro que é só “conversa pra baleia dormir”.

A caça voltou-se desta vez para as baleias-minke embora elas sejam bem menores, isso porque as grandes baleias que já estavam sumidas do Atlântico Norte, começaram a desaparecer da costa da Antártida a partir de 1972. Anos depois as baleias-minke também entram na lista dos animais em extinção e em seguida foi a vez das cachalotes.

Uma das medidas para tentar preservar as baleias foi a criação de Santuários no Oceano Índico (1970) e no Oceano Antártico (1994), porém sua criação deverá ser reavaliada pela CIB dentre de um prazo determinado. Em 1998 o Brasil propôs a criação do Santuário do Atlântico Sul à CIB, porém a sua criação ainda não foi aprovada devido ao lobby feito pelos países que ainda caçam as baleias e a discussão foi adiada para este ano (2009). Nestes locais a caça é proibida e a intenção é de que eles sejam estendidos para formar um grande santuário global para as baleias, banindo de vez a caça comercial desses animais e garantindo de vez a manutenção das espécies de baleias.

Fontes
http://www.greenpeace.org.br/oceanos/antartica/porwhales.html
http://ciencia.hsw.uol.com.br/baleias6.htm

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